Victoria Batalha

Estudo da NOVA Mostra Menos Empresas Com Home Offices

O modelo de home office (trabalho remoto) já existe há muito tempo, porém, ganhou popularidade durante a pandemia como forma de impedir que o número de infecções se espalhe pelo mundo. Profissionais de diversos setores passaram a trabalhar diretamente de casa, e agora no mundo pós-COVID, quando parecia que as empresas continuariam com o mesmo modelo, acabou sendo diferente.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que as empresas brasileiras estão reduzindo a quantidade de trabalho remoto no país, com um número crescente de convocando os funcionários a voltarem ao trabalho presencial. Em 2021, a proporção de profissionais trabalhando em casa será de 55,5% e, em 2022, esse número cairá para 34,1%. O estudo também incluiu a redução do trabalho híbrido, em que os profissionais alternam o trabalho remoto e o presencial.

O relatório da FGV observou que essa queda é exatamente o que seria um cenário pós-pandemia, com menos restrições impostas entre 2020 e 2021.

Além disso, o trabalho remoto é mais benéfico para profissionais com salários mais altos. Em outubro, 82,8% dos trabalhadores com menor remuneração trabalhavam 100% de seus empregos de forma presencial. Já entre os que ganham mais, 17,2% trabalham no canteiro todos os dias.

Produtividade no home office

Muitas empresas e líderes acreditam que o trabalho remoto tem um impacto negativo na produtividade dos funcionários, mas em 2021, 21,6% das empresas que adotaram o modelo de home office perceberam que a produtividade diminuiu.

No ano seguinte, 2021, 30% perceberam que sua produtividade aumentou, enquanto 10,2% relataram queda em sua produtividade nas entrevistas.

Em termos de número de dias de trabalho em casa, o número de dias de teletrabalho no departamento administrativo em 2021 será de 3,1 dias. Em 2022, a média é de 3 dias. Na área operacional, será de 1,1 dia em 2021 e 1,6 dia no ano seguinte. Espera-se que esse número permaneça em 1,4 dias daqui para frente.

Além disso, a FGV também abordou as principais vantagens de trabalhar remotamente, com apenas 4% dos entrevistados afirmando não ver pontos positivos em trabalhar de casa. Quanto aos benefícios, não perda de tempo no deslocamento (61%), flexibilidade no horário de trabalho (58,9%), conforto no trabalho (52,5%), redução de custos (51,9%), melhora na qualidade de vida (50,4%) e aumento da produtividade (40,6%) foram mencionados).

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