Segundo estudo realizado pela organização Quilombo Aéreo em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), não há mulheres que se autodenominam negras trabalhando como pilotos da Embraer.
No ano passado, apenas 2,3% dos pilotos eram mulheres, ou seja, 97% das vagas foram preenchidas por homens, sendo 2% negros. Quanto aos comissários de bordo, 66% eram mulheres e 5% se autoidentificaram como negros ou pardos.
Foram entrevistados profissionais e ex-profissionais negros da área, segundo levantamento feito pelo grupo, que incluiu comissários de bordo e pilotos formados, mas não empregados. Os fatores que impedem a inserção de mulheres negras na indústria são:
- honorários de formação profissional;
- Falta de informação sobre a carreira;
- representação de mulheres negras ou pardas;
- Processo seletivo desigual;
- e negrito não são aceitos.
Além disso, o estudo destaca outras dificuldades que essas mulheres enfrentam para se manter no setor. Tais como: não representatividade, cobranças, negação do corpo negro, cabelo crespo inaceitável, machismo, assédio e saúde mental.
situação de assédio
A pesquisa também encontrou relatos de profissionais negros sofrendo assédio sexual, moral ou psicológico de colegas ou clientes em suas empresas.
A LATAM anunciou, inclusive, o lançamento de um processo seletivo exclusivo para contratação de mulheres como copilotas em aeronaves Airbus A320. Além disso, a empresa, formada a partir da fusão da chilena LAN com a brasileira TAM, pretende preencher pelo menos 40 vagas até dezembro deste ano.
Outra pesquisa realizada pelo Trilhas de Impacto afirmou que pelo menos 86% das mulheres negras já vivenciaram algum caso de racismo nas empresas em que trabalham.
*** Este artigo contém informações de agências de notícias brasileiras
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