Victoria Batalha

A riqueza mundial dobrou para o 1% mais rico com o aumento da desigualdade social durante a pandemia

O relatório anual divulgado pela Oxfam no último domingo (15) mostrou que em apenas dois anos após o surto, o 1% mais rico acumulou riqueza duas vezes maior do que o restante do mundo, aumentando em US$ 26 trilhões, enquanto o patrimônio líquido dos 99% mais pobres aumentou em US$ 16 trilhões.

No entanto, esta é a primeira vez em 25 anos que a pobreza extrema e a riqueza extrema aumentam ao mesmo tempo.

O relatório, que usa dados da Forbes, está programado para ser divulgado durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial na Suíça. Nesta conferência, algumas das pessoas mais ricas do mundo, bem como líderes mundiais, se encontram.

Por outro lado, 1,7 bilhão de profissionais vivem em países onde a inflação supera os salários. Os esforços de redução da pobreza podem ter parado no ano passado, pois o número de pessoas pobres aumentou em 2020.

Mais rico do que antes da epidemia

Os bilionários do mundo estão mais ricos agora do que no início da pandemia de Covid-19, embora a riqueza dos mais ricos tenha despencado no ano passado. Segundo a Oxfam, esses indivíduos têm um patrimônio líquido combinado de US$ 11,9 trilhões. Isso representa um aumento de US$ 8,6 trilhões em relação a março de 2020.

Existem muitas razões para isso, principalmente operacionais. Outra razão é o melhor desempenho de muitas empresas. Segundo a Oxfam, pelo menos 95 empresas de energia e alimentos dobraram seus lucros no ano passado. Ou seja, como a inflação empurra os preços para cima, a maior parte do dinheiro vai para os acionistas.

Outras tendências de longo prazo também contribuem para esse fator. Exemplos incluem a perda de direitos dos trabalhadores e maior concentração de mercado. Isso leva ao aumento da desigualdade.

A pobreza acelerou nos primeiros dias da pandemia. Mesmo com esse aumento vem uma diminuição. Mas a guerra na Ucrânia levou ao aumento dos preços dos alimentos e da energia.

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