Victoria Batalha

Profissionais negros ganham salários mais baixos, mostra estudo

Uma nova pesquisa da Infojobs constatou que 49,5% das mulheres profissionais que se identificam como negras ou pardas já sofreram discriminação racial durante o processo seletivo. 58,8% afirmaram já ter sofrido preconceito no mercado de trabalho em outros momentos. Para realizar este estudo, entrevistamos 301 profissionais negros.

Outro ponto que a pesquisa revelou foi que as taxas de desemprego eram maiores para os profissionais pretos ou pardos. 71,4% dos entrevistados não trabalhavam. Além disso, 83% responderam que colegas brancos têm oportunidades desiguais de crescimento de mercado. 59,1% ainda afirmaram que a raça interfere antes mesmo de entrar na empresa.

+++ Estudo mostra que 5% das vagas de emprego positivas são para pessoas que se identificam como negras

salários mais baixos

Outra pesquisa, “Mulheres no Mercado de Trabalho”, realizada pelo Instituto Locomotiva a pedido da consultoria iO Diversidade, constatou que mulheres negras com alto nível educacional ganham 55% menos que homens brancos com o mesmo nível de escolaridade. Uma mulher negra recebe cerca de 3.571 reais, enquanto um homem branco recebe 7.900 reais.

Comparado aos colegas brancos com o mesmo nível de escolaridade, o salário médio é de R$ 5.097.

Além disso, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres em todo o mundo recebem 20% menos do que os homens.

Apenas 51,2% dos quase 49 milhões de mulheres pretas e pardas em idade produtiva ingressaram no mercado de trabalho entre janeiro e março do ano passado, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para realizar o estudo, a FGV utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa também explorou como as mulheres negras ganham menos da metade do salário dos homens brancos, mas apenas 60% do salário dos profissionais brancos.

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